Tudo começou em 2009, quando me reunir com meus amigos e companheiros de banda (na época SL23, banda que existia desde 2005, mas que poucas vezes tocava), Weverton, Alã e Wellington e resolvemos fazer um festival para que a nossa banda, na época parada, pudesse ter um espaço para tocar, já que a nossa igreja, por ser tradicional, não permitia alguns estilos musicais como o rock, por exemplo.
No começo o festival se chamava "CABANOS FEST GOSPEL", optamos por esse nome porque era um nome que lembrava a Cabanagem, um evento politico e social muito importante para o estado do Pará e por que era realizado no bairro da Cabanagem, não queríamos também "escandalizar" os líderes da nossa igreja colocando algum nome que lembrasse o rock, até por que precisávamos do apoio deles.
Foto do primeiro festival, na época ainda chamado de "CABANOS FEST GOSPEL" em Novembro de 2009. |
Por não ser um festival temático, tocavam bandas de rock, reguee, pop e até forró. O festival teve sua segunda edição em 2011, por que em 2010 tivemos problemas com uma tempestade que caiu na capital paraense e destruiu tudo, e foi perda total devido o local ser o estacionamento descoberto de uma escola pública do bairro.
No ano seguinte (2012) o festival passou a se chamar ADORA/ROCK, que era o estilo que queríamos que o festival apresentasse e que foi uma maneira de poder atrair bandas de rock para o festival, ainda com aquele medo do "escândalo" colocávamos "/" porque o nome rock poderia surtar os religiosos da igreja, portanto era como se falacemos, "é rock e adoração". Porem o evento foi cancelado por falta de apoio da igreja.
Primeiro cartaz do festival, mas ele não pode acontecer devido falta de apoio para sua realização. |
A primeira edição com o nome "ADORA ROCK" ocorreu em 2012, depois da primeira tentativa frustrada no mês de Maio e que entendemos nossa missão que era realmente, resgatar pessoas que curtiam a cultura de rua e estavam perdidas no mundo das drogas.
Passamos a conhecer mais pessoas que já faziam esse tipo de trabalho voltado para missão urbana, então era a hora chegada de romper com a religiosidade e praticar o que eu chamo de "meu verdadeiro chamado".
Passamos a conhecer mais pessoas que já faziam esse tipo de trabalho voltado para missão urbana, então era a hora chegada de romper com a religiosidade e praticar o que eu chamo de "meu verdadeiro chamado".
Primeiro cartaz com o nome "ADORA ROCK" 2012 |
O nome apareceu da ideia de fazer um festival para atrair roqueiros, na época queríamos meio que chocar o sistema religioso da minha igreja que repetia insistentemente que o rock era do diabo.
Surgiu, por vontade de Deus, soa como uma ordem ao rock; “Adora rock!”, e desde então, o rock com toda sua rebeldia peculiar, tem se prostrado e adorado ao seu
verdadeiro criador, o Senhor Jesus.
Na logo a caveira simboliza a essência, a igualdade, onde todos nós somos iguais. |
A edição de 2012 aconteceu no dia 02 de novembro, na casa de
shows Centauros, no bairro da Cabanagem, Belém/PA. Contou com cinco bandas, devido
a ausência da banda “Área 361”.
A abertura ficou por conta da extinta banda JC4, logo depois a apresentação de Ícaro de Oliveira, em seguida a banda RxTx4
A abertura ficou por conta da extinta banda JC4, logo depois a apresentação de Ícaro de Oliveira, em seguida a banda RxTx4
que era a minha banda na época, mandamos músicas de nosso, na época, mais recente CD “Cidade de Refúgio”.
E para encerra a edição de 2012 a extinta banda composta por meninas que se chamava "Clamor da Noiva". Elas mandaram musicas autorais levantaram a galera com um pop rock bem executado, com performasses empolgantes no palco.
Para nós a maior paga foi ver o lance acontecer, levar a mensagem de salvação, inspirar outras pessoas do bairro a terem forças para fazer algo por si mesmos e pelo próximo, sem precisar de apoio de igrejas e pastores com visão limitada, mas entender que cada um de nós somos ministros de Deus e que podemos ser usados, basta apenas nos esforçarmos e não ficarmos de braços cruzados.
Fizemos novas amizades, essas que permanecem até hoje.
Por Paulo Rochha.
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